CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1329 DE 28 DE SETEMBRO DE 2020

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Ano 6 | nº 1329| 28 de setembro de 2020

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: de olho no mercado interno

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a arroba do boi gordo seguiu estável em São Paulo na última sexta-feira (25/9), em R$250,00, à vista, preço bruto 

Para bovinos que atendem ao mercado externo, os negócios chegam a um ágio de até R$7,00/@. Especula-se que com a redução do auxílio emergencial pela metade o consumidor seja seletivo, optando por alimentos mais baratos em detrimento da carne bovina e desse modo alterar a dinâmica dos negócios no campo.

SCOT CONSULTORIA

Boi gordo: patamar de preço segue elevado e arroba chega a R$ 254

A oferta de animais terminados permanece restrita, com uma disputa pelos aqueles que cumprem os requisitos para exportação à China

Os preços do boi gordo seguem firmes nas principais regiões produtoras do país.  Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos não parecem dispostos no momento a seguir reajustando seus preços de compra indefinidamente. “No entanto, até agora, não foi evidenciado movimento de pressão de baixa nos preços da arroba”, assinala. A oferta de animais terminados em grande parte do país permanece restrita, com uma disputa bastante acirrada pelos animais que cumprem os requisitos para exportação com destino ao mercado chinês. Por conta dessa demanda, os animais destinados à exportação para a China carregam um ágio de R$ 5 a R$ 7 conforme a região do país. Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 254 a arroba. Em Uberaba, Minas Gerais, a cotação chegou a R$ 252 a arroba. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 250 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o valor indicado foi de R$ 242 a arroba. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, a arroba foi negociada a R$ 236. No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela retomada do movimento de alta ao longo da primeira quinzena de outubro, período que conta com maior apelo ao consumo. Com isso, a ponta de agulha seguiu em R$ 14,20 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,25 o quilo, e o corte traseiro seguiu em R$ 18 o quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Brasil recebe até 41% a menos pela carne bovina

Levantamento mostrou desempenho abaixo do que os concorrentes

Um levantamento do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne) da Embrapa verificou o desempenho dos vinte maiores exportadores de carne bovina fresca, resfriada e congelada. Os pesquisadores observaram quantidade e agruparam de acordo com volume exportado e preço cobrado. O resultado do Brasil fica bem abaixo de seus principais concorrentes.  A carne brasileira aparece como de preço baixo e quantidade alta.  O país foi o maior exportador em volume, com 1,56 milhões de tonelada equivalente carcaça (TEC), mas os preços pagos ficaram entre 27% e 41% mais baixo do que a concorrência, em uma média de US$ 4,17 por kg. No topo estão EUA (US$ 7,17) e Austrália (US$ 5,76). No entanto o estudo sugere que estes países tem baixa eficiência produtiva e precisam elevar esse aspecto para ter margens de lucro maiores. Para o Brasil a sugestão é promover ações para agregar valor e qualidade para mercados mais exigentes e que pagam mais.

AGROLINK 

Bovinos para reposição: preços subiram 51% no acumulado de 2020

O mercado de reposição segue a sua trajetória de alta

A demanda firme, associada à oferta limitada de bovinos para reposição, explica esse cenário. Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média de todos os estados monitorados, entre machos e fêmeas anelorados, os preços subiram 1,2% nos últimos sete dias e acumulam alta de 51,0% desde janeiro/20.

SCOT CONSULTORIA

Preço do Novilho do Mercosul segue perdendo força

O Novilho Mercosul voltou a cair nesta semana. O índice apurado pela Faxcarne apontou queda de cinco centavos de dólar, situando-se em US $ 2,92 o quilo de carcaça

A queda se deve principalmente à desvalorização do Real, mas também aos preços mais baixos nos mercados agrícolas argentino e uruguaio, disse a Faxcarne. Por sua vez, a cotação do dólar no Brasil subiu 3,5% na semana devido ao nervosismo em relação à situação fiscal no Brasil e ao ressurgimento dos casos Covid-19. Além disso, a tendência internacional de saída de ativos de risco foi na mesma direção. Portanto, apesar de o preço do boi gordo continuar subindo em Reais, em dólares perdeu 7 centavos. A referência para o Brasil do novilho gordo foi de US $ 2,92 por quilo carcaça. Por sua vez, na Argentina, os preços de referência do boi para exportação caíram, algo que, medido em pesos argentinos, não se registrava desde abril, quando ocorreu o pico do impacto da pandemia. O valor de referência do gado argentino era de US $ 2,77 por quilo de carcaça, o que implicava uma perda semanal de 6 centavos.

Enquanto isso, no Uruguai, o mercado de boi gordo está mais pesado, com várias indústrias pagando preços menores e mais tempo de entrada ao abate. O mercado está entre US $ 3,30 e US $ 3,35 por quilo carcaça. Onde os benchmarks continuam subindo é no Paraguai, embora com sinais de que a tendência está perdendo força. O novilho chileno atingiu US $ 2,70 por quilo carcaça. O Paraguai tem o Chile como um de seus principais mercados. Este destino exige um animal jovem e bem acabado que produza carne de alta qualidade.

El País Digital

ECONOMIA

Real engata 3ª semana de perdas

O dólar fechou em alta na sexta-feira, ao fim de uma instável semana na qual o apetite por risco sofreu um golpe em meio a renovados temores sobre o estado da economia mundial e a evolução da Covid-19

O dólar à vista fechou a sessão em alta de 0,74%, a 5,5538 reais na venda –a quinta alta em seis sessões. Na semana, o ganho foi de 3,29%, terceira semana consecutiva de valorização. Com o movimento dos últimos cinco dias, o dólar passou a acumular apreciação de 1,33% em setembro, elevando os ganhos em 2020 para 38,40%. A força do dólar ante o real nesta semana ocorreu em sintonia com a reação de preço da moeda no exterior. A divisa foi beneficiada por fluxos de demanda por segurança depois de indicadores apontando desaceleração econômica nos EUA e na Europa elevarem temores sobre a sustentabilidade da recente retomada. O índice do dólar subia 0,3% no fim da tarde, alcançando o maior nível em dois meses. O índice saltava 1,7% na semana, a caminho da maior valorização no período desde a semana finda em 5 de abril. Ante a mínima em dois anos atingida em 1º de setembro, o dólar no exterior acumulava ganho de 3,1%.  “A correção do mercado que esperávamos começou e há mais por vir, apoiando o dólar e o iene. Esperamos que a maior volatilidade das moedas emergentes se sustente para além das eleições nos Estados Unidos”, disseram analistas do Bank of America em nota. Adicionalmente, o mercado de câmbio doméstico sentiu nos últimos dias impactos de maior estresse na renda fixa, em meio a escalada nas taxas de juros de mercado pela combinação entre aumento das ofertas de títulos públicos pelo Tesouro Nacional, menor demanda pelo mercado e incerteza fiscal –num contexto de Selic nas mínimas históricas.

REUTERS

Ibovespa tem 4ª semana seguida no vermelho

O Ibovespa esvaziou perdas à tarde e encerrou a sexta-feira praticamente no zero a zero, seguindo a melhora em Wall Street, mas teve a quarta semana seguida no vermelho

O Ibovespa teve variação negativa de 0,01%, a 96.999 pontos. O volume financeiro somou 18,88 bilhões de reais, abaixo da média diária no mês, de 28 bilhões. O índice teve a maior sequência de semanas em baixa desde março, quando acumulou cinco em queda. Em setembro, o Ibovespa acumula recuo de 2,38%, no caminho de registrar pior resultado para o mês desde 2015. No pior momento desta sessão, o índice chegou a cair 1,4%, mas zerou perdas apoiado pelas altas de Vale e Suzano. Com poucas novidades domésticas, o Ibovespa refletia uma cautela global com o aumento nos casos de coronavírus na Europa, intensificando as preocupações sobre o ritmo da recuperação econômica. Mas abandonou o viés pessimista, conforme os índices de Wall Street eram impulsionados por ações de tecnologia. Por aqui, o Morgan Stanley melhorou a previsão para o PIB brasileiro, prevendo contração de 4,5% em 2020, ante queda de 5,1% da estimativa anterior. Para 2021, o prognóstico é de expansão de 3,6%, frente a 3,2% antes. “Acreditamos que o fator mais relevante para se observar a partir de agora é a dinâmica do mercado de trabalho e a migração de renda emergencial para renda via emprego (o que pode golpear a recuperação)”, afirmaram analistas do banco.

REUTERS 

FRANGOS & SUÍNOS 

Cepea aponta aumento na competitividade da carne de frango

A carne de frango tem ganhado competitividade em relação às carnes bovina e suína nos últimos quatro meses, considerando a relação de preços entre as três proteínas, disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) na sexta-feira (25)

A diferença entre os preços do frango inteiro e os das carcaças bovina e suína foi recorde em setembro, quando consideradas as séries mensais. “Esse contexto garante elevada competitividade à carne de frango frente às substitutas e, consequentemente, maior liquidez no mercado doméstico. A demanda internacional também está aquecida, o que vem resultando em altas generalizadas nos preços dos produtos avícolas”, disse o Cepea em nota.

As exportações brasileiras das três proteínas estão em alta neste ano em meio à maior demanda gerada pelos efeitos da peste suína africana na redução do rebanho suíno na Ásia e em outros países produtores. O aumento dos embarques também é influenciado pela abertura de novos mercados. No segmento de carne suína, o setor enfrenta oferta reduzida de animais para abate diante das aquecidas exportações nos últimos meses. Essa maior demanda atrelada à alta nos custos de alimentação animal elevaram o preço médio do suíno negociado na Grande São Paulo em cerca de 10% em setembro, segundo o Cepea.

CARNETEC 

INTERNACIONAL

Alemanha considera auxílio a produtores rurais após peste suína, diz ministra

O governo da Alemanha está considerando fornecer auxílios a produtores rurais após a detecção de casos de peste suína africana (PSA) em animais selvagens no país provocar uma queda nos preços do setor, disse a Ministra da Agricultura local, Julia Kloeckner, na sexta-feira

O auxílio estatal pode ocorrer na forma de subsídios para a estocagem de carne suína não vendida ou por meio de apoio financeiros aos produtores, afirmou Kloeckner em uma entrevista coletiva online, concedida após reunião com ministros regionais da Agricultura. A ajuda para o armazenamento subsidiado teria de ser aprovada pela União Europeia, segundo Kloeckner. A China e uma série de outros compradores de carne suína interromperam as compras do produto alemão neste mês, após a confirmação do primeiro caso de PSA no país europeu. Um total de 32 casos de PSA foram confirmados na Alemanha desde o primeiro registro, em 10 de setembro, sendo todos em animais selvagens –nenhum animal de fazenda foi afetado. Todos os casos foram detectados no Estado de Brandemburgo, no leste do país. Uma série de cercas permanentes estão sendo construídas na fronteira da Alemanha com a Polônia por governos regionais, com auxílio financeiro da UE, na tentativa de controlar a disseminação da doença, disse Kloeckner. O objetivo da Alemanha é evitar que a PSA se espalhe para outras áreas, além de fazer com que o país volte a ser livre de PSA, acrescentou a Ministra.

REUTERS

China suspende peixe de companhia do Brasil por 1 semana por coronavírus

A China vai parar de aceitar pedidos de importação da empresa brasileira Monteiro Indústria de Pescados Ltda por uma semana, a partir de 26 de setembro, depois que um pacote de peixe congelado testou positivo para o coronavírus, disse a alfândega chinesa na sexta-feira

A Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), cujos integrantes têm na China um mercado crescente que responde por até 30% dos embarques nacionais, avaliou o caso como algo isolado, e que ainda carece de confirmação. Segundo o Presidente da Abipesca, Eduardo Lobo, os “retestes estão sendo feitos na China” e, se não forem encontrados indícios de contaminação, a indústria poderá voltar a exportar normalmente aos chineses. Lobo disse que o setor encara a suspensão temporária de uma empresa com tranquilidade, uma vez que a indústria nacional tem seguido rígidos protocolos de segurança do Ministério da Agricultura, que incluem medidas sanitárias relacionadas aos veículos, contêineres e embalagens. Ele explicou que, no caso de ser identificado novamente coronavírus na China, a suspensão pode ser maior, mas ainda restrita à Monteiro Indústria de Pescados. “É um caso específico, isolado, e até que sejam feitos retestes, não tem como dizer a gravidade, mas diante de toda a segurança do protocolo, temos tranquilidade quanto à qualidade dos alimentos”, afirmou ele. O produto no qual teria sido identificado o coronavírus é uma embalagem de peixe espada congelado, disse o executivo, que também é Presidente da Câmara Setorial da Produção e Indústria de Pescados do Ministério da Agricultura. A exportação de pescados do Brasil à China gira em torno de 70 milhões de dólares por ano, com chineses e norte-americanos alternando como os maiores destinos do produto do país, cujos embarques totais são estimados em 300 milhões de dólares em 2020. A expectativa é de que as exportações de pescados do Brasil aumentem para 600 milhões de dólares/ano em 2021 e ultrapassem 1 bilhão de dólares em 2025.

REUTERS

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